Juntos pelo Teatro

Ontem, o transitório 35 esteve presente ao encontro da classe teatral, com o atual secretario municipal de cultura Juca Ferreira. Foram levantadas questões importantes para que a nova gestão possa, de forma eficiente, dar conta das necessidades dos vários segmentos da classe.

Estamos atentos.

Fotos do evento: Paulo Fávari

Assistir a um movimento qualquer

By Laerte

By Laerte

Magritte perde a mãe

Aos 10 anos, Magritte perde a mãe que, supostamente se suicida num rio que beirava a sua casa em Chatelet, perto de Bruxelas. 

Foi encontrada com um tecido enrolado em seu rosto.

Homofobia...Palavra azeda (Joel Costa Mar)

Homofobia...Palavra azeda, sem vigor.
Vampira de olhos atentos a tudo que se manifesta de forma viva e pulsante, para sugá-la com seus dentes sujos de vergonha.
É medo do que o outro pode, e a ele resta o “não devo”.
Medo de meu eu beijar a boca de outro que tem o sexo parecido com o meu.
Não somos máquinas com seus encaixes produtivos para gerar filhos, somos mais... Somos sentimentos que se enamoram e que geram vida.
Homofóbicos têm cadeiras cativas em todo e qualquer debate no Congresso que vise a criar uma lei para punir suas discriminações. Estão sempre lá, por toda parte; e é justamente por isso que a lei ainda não foi aprovada.

Joel Costa Mar é o Diretor Musical de "Ceci n'est pas une pipe {Este Não É um cachimbo}" do Transitório 35. Todo dia é Dia Internacional Contra a Homofobia e a Transfobia

Transfobia (Leo Lee)

"Transfobia é ser a letra esquecida do LGBT.
Transfobia é você ser discriminado por quem também sofre discriminação."

Leo Lee é ator do Transitório 35.
Todo dia é Dia Internacional Contra a Homofobia e a Transfobia

A extrema intensidade (Mariana Guarnieri)

"A extrema intensidade do medo do humano, do medo da escolha, da ausência de certezas que a liberdade traz."

Mariana Guarnieri - colaboradora artística do Transitório 35 - Todo dia é Dia Internacional Contra a Homofobia e a Transfobia.

Sobre fobias e homens (Alexis Nehemy)

Sobre fobias e homens.

A homofobia (como outras fobias) é, antes de tudo, um medo. Medo da forma do outro (e até de si mesmo) pensar, agir, ser. Como outras fobias sociais. É patológico. É medo. É pré-conceito. É desespero.
O medo e o preconceito podem levar (e que é o caso das principais discussões sobre o assunto) ao desrespeito, à intolerância, à hostilidade, a repulsa, à violência.
A hostilidade e a violência para tolher a liberdade. A liberdade do outro.
A repulsa e a intolerância podem ser inclusive contra si mesmo. Tolhe a própria liberdade de ser.
Pessoas mais sensatas buscam aprender sobre o que tem medo até que ele não exista mais. Pessoas menos sensatas buscam destruir aquilo que causa medo.
Podemos aceitar que cada um se prive do que quiser, até da liberdade de ser. Mas privar ou ir contra a liberdade do outro é inaceitável.
Como é esse assunto que estamos discutindo, discutamo-lo. Mas pra mim o buraco é mais embaixo.
A única pessoa que pode (de ter poder mesmo) me obrigar a ser de uma forma ou de outra sou eu e eu só.
“Sou livre para ser e estar, no tempo e no espaço, da maneira que eu bem entender.Desde que, é claro, essa maneira não prive o outro da própria liberdade.”
Viva a sociedade alternativa!
Anarquia Oi Oi!

Alexis Nehemy - colaborador artístico do Transitório 35 - Todo dia é Dia Internacional Contra a Homofobia e a Transfobia.

Minha Fobia (Necésio Pereira)

Minha Fobia

Um mundo que inventamos é todo cheio de encaixes, dobradiças e peças arduamente talhadas para caber em contornos definidos, em nítidos contornos delineados por uma fantasia de controle.
O mundo que inventamos é o mesmo que esquecemos que inventamos, é aquele que tomamos como pronto, naturalizamos a mecânica inventada. Temos medo do caos.
Medo de encarar um mundo de desejos sem nome, de peças disformes, plásticas, que não se moldam. Que escorrega ao invés de fixar-se. Medo do que não é mecanismo inventado.
Tanto medo que o diferente, vira logo, rápido, mais um contorno definido, forma e lugar pronta, pronta para tantos outros que gelatinosos ousam vir a ser um ser livre e sem lugar.
Temos medo do cheiro não domesticado. Medo do sexo indefinido. Medo de ser outro, outro que não é feito ao nosso feitio, medo do não perfeito.
Eu tenho medo...fobia.
Medo do homem que coça o saco e cospe no chão. Medo da mulher que só assiste filme de comédia romântica. Medo do homem que ao se perceber desejoso por outro homem se encaixa em baladinhas, em gritinhos e pompons coloridos e segue se achando diferente, diferente e igual a tantos que como ele se orgulham da diferença reproduzida, do naturalmente inventado. Medo da mulher que ao sentir prenha de desejo por outra mulher, se encaixa no balcão do bar e bebe, brindando um lesbian chic de botique.
Medo do medo. Medo do meu medo de não conseguir dizer o quanto encaixes, porcas,parafusos e engrenagens me amedrontam.

Necésio Pereira - colaborador artístico do Transitório 35 - para o Dia Internacional Contra a Homofobia e a Transfobia, 17 de maio.

"La Moustache Sauvage" de Francesco Tortorella

"La Moustache Sauvage" de Francesco Tortorella

Transitório 35 com Laerte Coutinho no CRT (Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS de SP)

Nosso segundo encontro do dia 09, foi novamente com João W Nery e Laerte Coutinho, desta vez na graciosa Sala Crisamtempo, onde ocorreu o lançamento do filme "[SSEX BBOX]".

Transitório 35 com Joao Nery no CRT (Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS de SP)

Na última quinta-feira, dia 09, o Transitório 35 dedicou suas atividades para promover encontros. O primeiro do dia foi com Joao W Nery, que brindou a equipe médica, os/as pacientes do CRT (Centro de Referência de Treinamento de São Paulo) e convidados com sua experiência de vida, boa parte dela narrada no livro Viagem Solitária. Sem dúvida foi um momento de aprendizado e de grandes conquistas para o diálogo entre arte+saúde+direitos humanos.

Nelson Baskerville sobre Luis Antonio-Gabriela

http://www.facebook.com/luisantoniogabriela.teatro

"O teatro afastou o público de suas cadeiras sendo extremamente comercial ou tratando de assuntos de absoluta irrelevância para os dias atuais. O Teatro Documentário é uma tentativa não ficcional de reaproximação com esse público, sem sermos ingênuos e usando todos os recursos que o teatro e as mídias modernas nos permitem usar. O teatro provoca uma experiência viva no espectador que só ele pode provocar. Por isso, o teatro não pode ser uma imitação barata da televisão. Teatro não é cinema. Ele está acontecendo ali, diante dos olhos da plateia. Seus temas devem desassossegar o homem, fazê-lo despertar da letargia diária que o cotidiano provoca. Deve ser festa, acendendo luzes no final do túnel, ou tornando o escuro insuportável." (Nelson Baskerville)

Ensaiosonoros

Concepção de imagens e sonorização em ensaios do Transitório 35 para o espetáculo "Ceci n´est pas une pipe" - by Joel Costa

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