Diário de um cachimbo
por Bruno Campelo
28 de fevereiro de 2013
Guio a preparação física juntamente com Camila Duarte. Particularmente, me sinto mais vivo, ativo e preparado para a exploração da possível cena. Meu corpo grita, queima e pede ação, mesmo que estática. Sinto a energia pulsante atravessando cada detalhe do meu corpo. E descubro onde possam existir "ralos" que desperdiçam qualquer gota dessa energia. Ele, o corpo, se descobre!
Começa assim...
A mente cria, revive, vive momentos de aflição, de medo, coragem, aceitação, quebra de barreiras. Auto conhecimento. Descubro-me outro, outra. Adoro a outra. Mas sou um que vive outros e outras dentro daquela sala de ensaio. Vejo, sinto e reajo a outros e outras. Sou todos e todas. Permito-me ser. Quebro barreiras aos poucos. Posso ser quantas verdades eu quiser criar. Normalmente escolho uma, a mesma. Duvido um pouco.
Será que ali, no fumo daquele cachimbo, meu corpo é meu?
Estão desenhando, pintando, criando, remoldurando meu corpo. O sinto REMANUFATURADO! Naquele momento, "aquilo" já não serve. Era lindo. Será que vai ser linda também?
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